domingo, 2 de dezembro de 2012

VOCÊ CONHECE O CHICO?



 
“E ai quem perguntou ao velho Chico!
Que Chico?
A água!
Que água?
Do rio!
Que pena, não é rio.
É o que?
Não sei! Parece um caixão.
Cadê a cruz?
Está no alto da montanha
não vi.
so SECA! “


Poema dedicado ao rio São Francisco e a seca dos seus afluentes. (Folhas e Gente)

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Das Cidades em Transição para os Lares em Transição





O movimento Cidades em Transição (Transition Towns) iniciou-se no Reino Unido por volta de 2005, e já se espalhou para 34 países, em mais de 840 iniciativas, entre as oficiais e as que estão na “incubadora”. Talvez o segredo do sucesso do movimento seja exatamente por ser uma iniciativa positiva, em contraponto ao ativismo do “não”. Ao contrário, o Transition Towns propõe uma abordagem otimista, “mão-na-massa”, que permite às comunidades tomarem as rédeas de seu próprio futuro, e desenhar um amanhã mais resiliente, menos dependente de petróleo, mais ecológico e feliz. Com a expansão global, cada país e cada comunidade adapta o movimento à sua própria realidade, mantendo-se fiel aos valores universais do grupo e compartilhando experiências com os demais “transiteiros”, em forma de rede.

Sabemos, porém, que nem toda comunidade está pronta para começar uma transição. Em muitos lugares, pessoas sentem-se sozinhas e ansiosas por começar uma mudança. Para isso, está sendo criada a rede Lares em Transição, inspirada no movimento das Cidades em Transição, com o objetivo de inspirar pessoas que queiram começar a mudança em seus próprios lares. Nada mais justo, afinal, mesmo quem está numa comunidade em transição, deve começar a mudança de dentro para fora.

Acreditamos que a transição verdadeira e sustentável é aquela que começa com uma ampliação de consciência pessoal e depois se traduz em mudanças de hábitos rotineiros por uma vida mais ecológica, e estendendo-se então para a vizinhança e a comunidade.

O projeto Lares em Transição está começando no blog Do Nosso Quintal para o Mundo, e convida todos a participarem! Queremos formar uma vizinhança virtual de pessoas que estão mudando seus hábitos, pouco a pouco, para terem uma vida mais resiliente, ecológica e saudável.

Você já ouviu falar em cidades em transição, consumo colaborativo, cultural creatives, permacultura? São alguns dos principais exemplos de movimentos que pipocam no mundo todo, tratando de aspectos bem diversos da vida humana, todos convergindo para um futuro sustentável.

Definitivamente, estamos vivendo uma revolução, uma transição para a sustentabilidade.

O movimento Transition Culture, iniciou-se com o Transition Towns, ou “cidades em transição”, na inspiradora cidade de Totnes, sudoeste da Inglaterra. Rob Hopkins foi o fundador desse movimento, que hoje se espalha pelo mundo – inclusive aqui no Brasil (Transition Towns Brasil).

Como nem sempre é possível mobilizar uma cidade inteira, o movimento tem sido adaptado para vilas e bairros.

Mas o que fazer se você não vê ainda na sua vizinhança condições de estabelecer um grupo forte o bastante para começar a transição? Infelizmente, na maior parte dos lugares ainda não há uma consciência ambiental tão profunda, e não é viável ter um fornecimento completo de orgânicos ou uma casa construída ecologicamente.

E, mesmo que existam tais condições, como começar de forma legítima, de dentro para fora?

Bem, nossa proposta é que você faça de sua casa um lar em transição. Com ações diárias e sistêmicas, você será capaz de, aos poucos, adquirir uma cada vez maior coerência com os princípios ecológicos.

Importante salientar que nosso propósito não são as ações em si, isoladas. Mas sim uma reinvenção do nosso modo de pensar o cotidiano. Com o tempo, sua mente pensará automaticamente nas melhores e novas formas de tornar suas atividades menos impactantes.

O Nosso Quintal foi criado para compartilhar idéias, inspirando pessoas e famílias que desejam participar dessa transição.

Se você já iniciou uma transição na sua própria casa e quer fazer parte da rede de Lares em Transição, entre em contato conosco – carolmg@gmail.com.
Sustentabilidade: comece em casa!


Nota Folhas e Gente: o blog parabeniza pela grande iniciativa e criatividade da equipe (http://donossoquintal.wordpress.com/). Caro leitor segue a dica desse belo projeto e vamos fazer essa transição em nosso lar. Eu já comecei e você?







domingo, 11 de novembro de 2012

1 ano de blog

No dia 10 de novembro de 2011 nascia de maneira tímida o blog FOLHAS E GENTE alcançou um grande número de leitores, onde atingimos hoje mais de 10 mil acessos.


 
Tudo isso devemos a você, amigo internauta, pois nosso objetivo é levar informação, dicas, links, projetos e muito mais com maior riqueza de detalhes, para que possam ficar bem informados .

A nossa maneira de apresentação, tem nos feito conquistar cada vez mais espaço em nossa sociedade, gerando credibilidade aos leitores deste blog.

Portanto dedicamos essa conquista a você, que todos os dias acompanham as novidades e notícias, buscando ficar bem informado. Que a cada dia possamos cumprir o nosso papel de comunicador alertando e defendendo o nosso meio ambiente...

“A conscientização ambiental de massa, só será possível com percepção e entendimento do real valor do meio ambiente natural em nossas vidas”

Parabéns!!!

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A Importância da consciência Ambiental para o Brasil e para o Mundo



A partir da escassez dos recursos naturais, somado ao crescimento desordenado da população mundial e intensidade dos impactos ambientais, surge o conflito da sustentabilidade dos sistemas econômico e natural, e faz do meio ambiente um tema literalmente estratégico e urgente.

Durante o período da chamada Revolução Industrial não havia preocupação com a questão ambiental. Os recursos naturais eram abundantes, e a poluição não era foco da atenção da sociedade industrial e intelectual da época.

A partir da escassez dos recursos naturais, somado ao crescimento desordenado da população mundial e intensidade dos impactos ambientais, surge o conflito da sustentabilidade dos sistemas econômico e natural, e faz do meio ambiente um tema literalmente estratégico e urgente. O homem começa a entender a impossibilidade de transformar as regras da natureza e a importância da reformulação de suas práticas ambientais.

Os limites:

A humanidade está usando 20% a mais de recursos naturais do que o planeta é capaz de repor. Com isso, está avançando sobre os estoques naturais da Terra, comprometendo as gerações atual e futuras segundo o Relatório Planeta Vivo 2002, elaborado pelo WWF e lançado este ano em Genebra.

De acordo com o relatório, o planeta tem 11,4 bilhões de hectares de terra e espaço marinho produtivos - ou 1,9 hectares de área produtiva per capita. Mas a humanidade está usando o equivalente a 13,7 bilhões de hectares para produzir os grãos, peixes e crustáceos, carne e derivados, água e energia que consome. Cada um dos 6 bilhões de habitantes da Terra, portanto, usa uma área de 2,3 hectares. Essa área é a Pegada Ecológica de cada um. O fator de maior peso na composição da Pegada Ecológica hoje é a energia, sobretudo nos países mais desenvolvidos.

A Pegada Ecológica de 2,3 hectares é uma média. Mas há grandes diferenças entre as nações mais e menos desenvolvidas, como mostra o Relatório Planeta Vivo, que calculou a Pegada de 146 países com população acima de um milhão de habitantes. Os dados mais recentes (de 1999) mostram que enquanto a Pegada média do consumidor da África e da Ásia não chega 1,4 hectares por pessoa, a do consumidor da Europa Ocidental é de cerca de 5,0 hectares e a dos norte-americanos de 9,6 hectares.

Embora a Pegada brasileira seja de 2,3 hectares – dentro da média mundial, mas cerca de 20% acima da capacidade biológica produtiva do planeta.

Quando falamos em emissões de poluentes, as diferenças dos índices emitidos pelos países desenvolvidos e em desenvolvimento também são significativas: Um cidadão médio norte-americano, por exemplo, responde pela emissão anual de 20 toneladas anuais de dióxido de carbono; um britânico, por 9,2 toneladas; um chinês, por 2,5; um brasileiro, por 1,8; já um ganês ou um nicaragüense, só por 0,2; e um tanzaniano, por 0,1 tonelada anual. A China e o Leste da Ásia aumentaram em 100% o consumo de combustíveis fósseis em apenas cinco anos (1990/95). (Wolfgang Sachs, do Wuppertal Institute)

Nos países industrializados cresce cada vez mais o consumo de recursos naturais provindos dos países em desenvolvimento - a ponto de aqueles países já responderem por mais de 80% do consumo total no mundo. Segundo Sachs, 30% dos recursos naturais consumidos na Alemanha vêm de outros países; no Japão, 50%; nos países Baixos, 70%.

O desafio:

O grande desafio da humanidade é promover o desenvolvimento sustentável de forma rápida e eficiente.

Este é o paradoxo: sabemos que o tempo está se esgotando, mas não agimos para mudar completamente as coisas antes que seja demasiado tarde. Diz-se que uma rã posta na água fervente saltará rapidamente para fora, mas se a água for aquecida gradualmente, ela não se dará conta do aumento da temperatura e tranqüilamente se deixará ferver até morrer. Situação semelhante pode estar ocorrendo conosco em relação à gradual destruição do ambiente natural. Hoje, grande parte da sociedade se posiciona como mero espectador dos fatos, esquecendo-se de que somos todos responsáveis pelo futuro que estamos modelando. Devemos exercer a cidadania planetária, e rapidamente.

A luz no fim do túnel:

A conscientização ambiental de massa, só será possível com percepção e entendimento do real valor do meio ambiente natural em nossas vidas. O meio ambiente natural é o fundamento invisível das diferenças sócio econômicas entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. O dia em que cada brasileiro entender como esta questão afeta sua vida de forma direta e irreversível, o meio ambiente não precisará mais de defensores. A sociedade já terá entendido que preservar o meio ambiente é preservar a própria pele, e fragilizar o meio ambiente, é fragilizar a economia, o emprego, a saúde, e tudo mais. Esta falta de entendimento compromete a adequada utilização de nossa maior vantagem competitiva frente ao mundo: recursos hídricos, matriz energética limpa e renovável, biodiversidade, a maior floresta do mundo, e tantas outras vantagens ambientais que nós brasileiros temos e que atrai o olhar do mundo.

Mas, se nada for feito de forma rápida e efetiva, as próximas gerações serão prejudicadas duplamente, pelos impactos ambientais e pela falta de visão de nossa geração em não explorar adequadamente a vantagem competitiva de nossos recursos naturais.

Somos a primeira geração a dispor de ferramentas para compreender as mudanças causadas pelo homem no ambiente da Terra, mas não gostaria de ser uma das últimas com a oportunidade de mudar o curso da história ambiental do planeta.

Autora: Marilena Lino de Almeida Lavorato 



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