sábado, 15 de setembro de 2012

Raios UV causam mudanças climáticas




Meteorologistas do Reino Unido perceberam que a temperatura em certas partes do mundo tem mudado sem causa aparente. São pontos do planeta, incluindo a própria Inglaterra, onde está fazendo um frio anormal nos invernos, e os cientistas garantem que isso não tem nada a ver com o aquecimento global. A origem, segundo o departamento de meteorologia britânico, está em um fator até então ignorado: a radiação ultravioleta.
Os cientistas afirmam que esse é o tipo de influência climática “independente”: o modo como os raios UV alteram a temperatura de certos lugares não depende de nenhum outro fator. Da mesma maneira, nenhuma condição ambiental determina a ação dos raios UV nesse quesito.

Além disso, não é um efeito estático no planeta; é como uma corrente em movimento, o que explica o fato de não haver nenhum padrão na zona de alteração do clima. Nos últimos anos, o inverno foi anormalmente rigoroso na Grã-Bretanha, no norte da Europa e em algumas partes dos Estados Unidos. Por outro lado, foi muito mais ameno no Mar Mediterrâneo, que fica mais próximo da Linha do Equador, mas também no Canadá e na Groenlândia, onde o frio deveria ser ainda maior.

Mas só recentemente os cientistas conseguem explicar porque os raios UV influenciam no clima. O que acontece, em linhas gerais, é que a radiação ultravioleta que o sol emite aumenta e diminui de intensidade conforme um ciclo de onze anos de duração (no começo do ciclo ela está no ponto máximo, decai até certo patamar e sobe novamente, até alcançar o mesmo pico onze anos depois).

A radiação UV, como se aprende na escola, é absorvida já na estratosfera (que fica acima da atmosfera), graças à camada de ozônio. Os buracos desta, aliás, representam uma das principais preocupações dos ambientalistas no século XXI. Quando a radiação UV está no período de baixa intensidade, conforme o ciclo de onze anos, a estratosfera absorve menos, e fica mais fria dessa maneira.

Com a estratosfera mais fria, altera-se a circulação de ar na região. Esse efeito passa então para a atmosfera, onde muda a velocidade do vento. As correntes de ar, essas sim, desempenham um papel direto no clima global. Nesse caso, há menos vento migrando de oeste para leste na Terra, o que deixa o norte da Europa mais frio. Logo, existe uma influência indireta (mas considerável) dos raios UV sobre o clima.

Esse esquema, como explicam os cientistas, é apenas uma teoria, mas dotada de uma forte fundamentação. Os estudos foram munidos de dados do satélite SORCE, lançado pela NASA em 2003. O artefato espacial se dedica a pesquisar o ciclo de onze anos da radiação UV sobre a estratosfera, e a pesquisa aconteceu a partir dessas observações.

Assumindo que a teoria esteja correta, a intensidade da radiação UV está em seu menor ponto nesse momento. A tendência é que ela cresça a partir de agora, e que os invernos nessas áreas fiquem mais amenos. Mas isso pode não acontecer, como explicam os cientistas, porque existem muitas outras variáveis em jogo.

Sobre a imagem:

A imagem acima mostra os índices de radiação UV em tempo real no Brasil.

O índice UV é um padrão internacional de medida criado para determinar o nível de radiação ultravioleta (UV) do sol em um determinado local em um determinado dia.

Sua principal finalidade é ajudar as pessoas a se protegerem de forma eficaz contra a exposição a radiação ultravioleta, que pode após uma exposição excessiva causar queimaduras graves, lesões oculares, envelhecimento da pele e câncer.

O que é Radiação Ultravioleta (UV)?

A radiação ultravioleta (UV) é a radiação eletromagnética ou os raios ultravioleta com um comprimento de onda menor que a da luz visível e maior que a dos raios X, de 380 nm a 1 nm. O nome significa mais alta que (além do) violeta (do latim ultra), pelo fato que o violeta é a cor visível com comprimento de onda mais curto e maior frequência.

A radiação UV pode ser subdividida em UV próximo (comprimento de onda de 380 até 200 nm - mais próximo da luz visível), UV distante (de 200 até 10 nm) e UV extremo (de 1 a 31 nm).

No que se refere aos efeitos à saúde humana e ao meio ambiente, classifica-se como UVA (400 – 320 nm, também chamada de "luz negra" ou onda longa), UVB (320–280 nm, também chamada de onda média) e UVC (280 - 100 nm, também chamada de UV curta ou "germicida"). A maior parte da radiação UV emitida pelo sol é absorvida pela atmosfera terrestre. A quase totalidade (99%) dos raios ultravioleta que efetivamente chegam a superfície da Terra são do tipo UV-A. A radiação UV-B é parcialmente absorvida pelo ozônio da atmosfera e sua parcela que chega à Terra é responsável por danos à pele. Já a radiação UV-C é totalmente absorvida pelo oxigênio e o ozônio da atmosfera.

Como utilizar o índice?

Confira abaixo os índices , seu grau de intensidade e recomendações para proteção:



BAIXO (até 2) : Nenhum perigo para a maioria das pessoas.

Utilize óculos de sol em dias claros, recomenda-se o uso de protector solar se você tiver a pele muito clara.

MODERADO (de 3 a 5): Pequeno risco de queimadura se exposição ao sol sem proteção.

Utilize óculos de sol e filtro solar FPS 30 +, cobrir o corpo com roupas e um chapéu, e procurar uma sombra ao meio-dia quando o sol é mais intenso.

ALTO (de 6 a 7): Alto risco de queimadura se exposição ao sol sem proteção.

Utilize óculos de sol e filtro solar FPS 30 +, cobrir o corpo com roupas que protegem do sol e um chapéu de abas largas, e reduzir o tempo no sol de duas horas antes e três horas após o meio dia solar (cerca de 11:00 - 16:00 durante o verão nas zonas que utilizam o horário de verão).

MUITO ALTO (de 8 a 10): Altíssimo risco de queimadura se exposição ao sol sem proteção.

Utilize filtro solar FPS 30 +, uma camisa, óculos escuros e um chapéu. Não ficar no sol por muito tempo.

EXTREMO (acima de 11 ): Risco extremo de queimadura, a exposição ao sol sem proteção se torna extremamente perigosa..

Tomar todas as precauções, incluindo: utilize óculos de sol e filtro solar FPS 30 +, cobrir o corpo com uma camisa de manga comprida e calças, usar um chapéu muito amplo, e evitar o sol de duas horas antes e três horas após o meio dia solar. (cerca de 11:00 - 16:00 durante o verão nas zonas que utilizam ohorário de verão).

Fontes:

Francis Rouessac and Annick Rouessac; Chemical Analysis, Modern Instrumentation Methods and Techniques; John Wiley & Sons, 2000, p189.

http://www.monitorglobal.com.br/monitor+climatico/uv+brasil.html

http://www.epa.gov/aging/resources/factsheets/heour/heour_portuguese_100-F-10-011.pdf

http://www.bbc.co.uk/news/science-environment-15199065

http://hypescience.com/raios-uv-causam-mudancas-climaticas-%E2%80%9Cpor-conta-propria%E2%80%9D/

http://tudolevaapericia.blogspot.com.br/2011/01/inverno-rigoroso-na-europa-tem-relacao.html




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