segunda-feira, 26 de março de 2012

O CONCEITO DOS 3 R’S AGORA É 7 R’S



Muitas pessoas  já conhecem o conceito dos 3 R´s, Reduzir, Reutilizar e Reciclar. No Brasil, a discussão em torno da minimização de resíduos tomou impulso com a Agenda 21, documento que representa o acordo entre as nações para melhorar a qualidade de vida no planeta, elaborada durante a Conferência Rio-92. Seu capítulo sobre Manejo Ambientalmente Saudável dos Resíduos Sólidos afirma que a melhor maneira de combater o problema do lixo é modificar os modelos de consumo. Com o passar do tempo, outras palavras que começam com o “R” e que representam a Política da Sustentabilidade foram surgindo e difundidas de tal forma que hoje já se falam em 7 R’sRepensar, Reduzir, Reutilizar, Reparar, Reciclar, Recusar e Reintegrar.
                       
Mas você sabe o que cada um deles significa?

Repensar

Antes de qualquer coisa, analisa calmamente aquilo que você "acha" que precisa. Você verá que nem tudo é realmente necessário e que é possível cortar do dia a dia algumas coisas que hoje parecem fundamentais.  Esse conceito é a base do consumo sustentável e visa fazer com que o consumidor tenha a certeza de estar adquirindo algo não pelo apelo midiático ou por influencias externas, e sim por necessidade.

Reduzir

Mas se você realmente precisa daquilo, adquira-o da melhor forma possível, ou seja, reduzindo ao máximo o consumo e restringindo-se ao necessário. Assim, quando for comprar alguma coisa, pense em como reduzir a quantidade de lixo que será gerado com aquilo e evite esbanjamentos.  Se você mora sozinho, por exemplo, não precisa comprar uma quantidade grande de comidas perecíveis, já que as chances de elas ficarem ruins e acabarem no lixo são grandes. Ou ainda se for organizar a festinha de aniversário do seu filho e convidou 50 amiguinhos, para que comprar uma embalagem de talheres com 200 unidades?

Reutilizar

E se não for possível consertar, tente reutilizar. Um objeto pode ganhar funções totalmente diferentes da original e ainda continuar muito eficiente - tudo isso sem causa agressões ao meio ambiente.  Uma garrafa de refrigerante pode virar um vaso para plantas, um pneu velho pode ser transformado na bóia da piscina e uma latinha de alumínio pode ser seu próximo porta-trecos.

Reintegrar

Já aquilo que não pode ser reciclado, como restos de alimentos e outros materiais orgânicos, pode ser reintegrado à natureza. Uma composteira orgânica é o melhor instrumento para transformar podas de árvores, cascas de verduras e outros materiais em adubo.  Existem diversos modelos de composteiras e certamente você encontrará uma ideal para sua residência - seja ela uma casa com quintal ou um apartamento. O composto que resultar do processo é um material altamente nutritivo e pode ser utilizado em jardim, hortas e pomares.

Reciclar

Não deu para reutilizar? Então renda-se à reciclagem. Cada material deve ser condicionado em um coletor específico para ser levado para reciclado de acordo com sua natureza. Você pode segregar os materiais em qualquer lugar e levá-los diretamente aos centros de reciclagem ou procurar serviços de coleta que passem pela sua casa ou trabalho.  Lembre-se de seguir as especificações das cores (azul para papel, vermelho para plástico, verde para vidro e amarelo para metal) e procure guardar os objetos limpos e secos nos recipientes.

Recusar

Se você repensou e viu que não precisava compra ou aceitar algum produto, simplesmente recuse. Pode parecer deselegante em um primeiro momento, mas você verá como essa ação simples pode evitar a geração de muito lixo desnecessário no planeta.  Seja parado no trânsito, quando alguém lhe oferece um folheto que você sabe que não é do seu interesse, ou no caixa, quando o balconista lhe entrega um saco plástico para colocar uns poucos produtos, apenas diga que não quer e, claro, agradeça.

Reparar

Você comprou e quebrou? Nada de jogar fora. Antes de apelar para o lixo, veja se não é possível reparar o produto. Muitas vezes um conserto sai mais barato que comprar um produto novo e você evita que mais objetos lotem os lixões e aterros da sua cidade.  E essa regrinha não se aplica apenas a coisas quebradas. Você pode aperfeiçoar alguns equipamentos, como computadores, adicionando novas peças e trocando o que já não está tão bom.
Viu só como existem muitos caminhos antes de você jogar algo no lixo? Muitos deles não exigem nenhum esforço, basta fazer uma escolha por uma atitude consciente ou não.
Não importa o quão pequena seja ação, mas de alguma forma, tente ajudar nosso planeta, talvez ele não dure pra sempre.
Fontes:

terça-feira, 20 de março de 2012

NOVO ALERTA! Produtos que salvaram a camada de ozônio podem provocar chuva ácida...

 

O Protocolo de Montreal entrou em vigor em 1989, e ficou famoso por banir os CFCs (clorofluorocarbonetos) e os HCFCs (hidroclorofluorocarbonos), que destroem a camada de ozônio.
Esses gases foram então substituídos pelos HFCs (hidrofluorocarbonetos), que se acreditava serem benéficos ou, no mínimo, inertes em relação à camada de ozônio em particular e ao meio ambiente em geral.
Contudo, demonstrando os riscos a que o planeta está sujeito com experimentos de geoengenharia, agora os próprios cientistas estão pedindo um controle sobre o uso também dos HFCs.
Estes produtos químicos que ajudaram a resolver uma crise ambiental global na década de 1990 - o buraco na camada de ozônio da Terra - podem estar causando outro problema ainda pior - a chuva ácida.

A conclusão é de um estudo sobre os compostos químicos que substituíram os clorofluorocarbonos (CFCs), produtos químicos que eram usados em condicionadores de ar, geladeiras, latas de spray e outros produtos, e que foram banidos mundialmente por danificarem a camada de ozônio.

Super efeito estufa

O grupo de cientistas das universidades Purdue, Flórida e Arkansas, todas nos Estados Unidos, destacam que os HCFCs (hidroclorofluorocarbonos) surgiram como substitutos do CFC porque eles não danificam a camada de ozônio.
No entanto, estudos posteriores sugeriram a necessidade de um substituto para os substitutos, mostrando que os HCFCs agem como super gases de efeito estufa, 4.500 vezes mais potentes do que o dióxido de carbono.

Chuva ácida

O novo estudo vem acrescentar outro item a estas preocupações, levantando a possibilidade de que os HCFCs podem se quebrar na atmosfera para formar o ácido oxálico, um dos vilões da chuva ácida.

Os cientistas usaram uma modelagem por computador  para mostrar como os HCFC podem formar o ácido oxálico por meio de uma série de reações químicas que ocorrem na alta atmosfera.

O modelo, afirmam eles, pode ter usos mais amplos, ajudando a determinar se os candidatos a substituto dos substitutos são ambientalmente benignos antes que os fabricantes gastem bilhões de dólares em sua fabricação e comercialização.

Ponto contra 

Os efeitos colaterais das manipulações humanas do clima são o principal argumento dos cientistas que se opõem a experiências de geoengenharia, cujo principal objetivo é fazer grandes intervenções com vistas a frear o aquecimento global.

Recentemente, um estudo mostrou que a manipulação intencional da radiação solar - um dos métodos defendidos para diminuir o calor do Sol que atinge a Terra e, com isso, diminuir o aquecimento global - também criaria problemas para o ciclo global da água.

Força radioativa
Uma equipe internacional de cientistas, que inclui o Prêmio Nobel de Química Mario Molina, concluiu que o Protocolo de Montreal trouxe inúmeros benefícios não-intencionais para o meio ambiente, incluindo a redução da emissão de mais de 10 bilhões de toneladas de CO2.
Contudo, eles afirmam temer que esses benefícios possam ser logo jogados fora pelas emissões de HFCs, que estão crescendo a taxas entre 10 e 15% ao ano. "A contribuição dos HFCs para as mudanças climáticas pode ser vista como um efeito colateral negativo do Protocolo de Montreal," afirmam.
A força radioativa - uma medida do efeito de substâncias químicas sobre o clima - dos CFCs tem permanecido constante em 0,32 W/m2, graças ao seu banimento. Mas os HFCs já atingiram 0,012 W/m2 e, segundo os cientistas, poderão alcançar entre 0,25 e 0,4 W/m2 em 2050 - para comparação, o CO2 tem uma força radioativa de 1,5 W/m2.
O maior problema são os chamados HFCs saturados, que podem sobreviver na atmosfera por até 50 anos.
A sugestão dos pesquisadores é que o Protocolo de Montreal seja modificado para incluir essas substâncias, evitando assim toda uma nova rodada de negociações em nível mundial.

FONTE:

segunda-feira, 12 de março de 2012

ATLAS ON-LINE DA QUALIDADE DA ÁGUA, SAÚDE E SANEAMENTO NO BRASIL


Pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Centro de Pesquisas Ageu Magalhães (CpqAM/Fiocruz), Secretaria de Vigilância em Saúde (CGVAM/SVS), Ministério das Cidades, Agência Nacional das Águas (ANA) e Secretarias de Saúde Estadual e Municipal do Rio de Janeiro e de São Paulo desenvolveram um sistema que mapeia por município a qualidade da água, o saneamento básico e o seu impacto na saúde da população. 

Os resultados desse estudo estão acessíveis para a sociedade civil, técnicos de vigilância em saúde e gestores interessados no tema. O Atlas serve, portanto, para elaborar diagnósticos locais e nacionais dos problemas relacionados à qualidade da água, saúde e saneamento e auxiliar gestores e cidadãos na formulação de políticas públicas voltadas para estas questões. A integração desses dados é inédita no Brasil.

Os objetivos desse Atlas são: Reunir um conjunto de indicadores e dados sobre condições de saúde, água e saneamento básico no Brasil para através da produção de mapas temáticos; Retratar as condições dos sistemas de saneamento, da qualidade da água e das doenças de veiculação hídrica nos municípios brasileiros, permitindo o fornecimento de informações geográficas relevantes e contextualizadas indispensáveis à análise do controle e monitoramento da qualidade da água consumida e dos riscos relacionados às condições gerais de saneamento.

O Atlas ÁguaBrasil está disponível no site do Ministério da Saúde, e foi criado para monitorar a qualidade da água no país. Hoje, este sistema está sendo usado também por gestores de saneamento e planejamento urbano, bem como pela sociedade civil e cidadãos interessados em conhecer e melhorar o acesso à água, com qualidade e segurança.

Nota: Uma boa ferramenta para pesquisa com muita qualidade técnica e um bom acervo de mapas. Só um detalhe; os principais dados são do censo de 2000. Vamos esperar que disponibilizem também mapas do último Censo 2010.

quinta-feira, 1 de março de 2012

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL NÃO IMPEDIU SUCESSO DO AGRONEGÓCIO


Análise apresentada nesta quarta-feira (29), em evento da Frente Parlamentar Ambientalista, na Câmara dos Deputados, jogou na balança das discussões sobre o projeto de reforma do Código Florestal o poderio econômico do agronegócio e suas demandas por infraestrutura e menos proteção ambiental.


Doutora em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP), Regina Araújo ponderou que o superávit do modelo agrícola exportador nacional parece blindar a economia interna de crises econômicas globais cada vez mais comuns. Levando assim a um cenário onde governos seriam aparentemente obrigados a ceder a suas exigências crescentes por estradas, portos e ferrovias, bem como pelo desmanche da legislação ambiental brasileira.

“Nossas leis ambientais estão em construção desde a década de 1930, e até agora não provocaram nenhum impedimento ao espantoso crescimento do agronegócio”, lembrou a pesquisadora. O Brasil é hoje o segundo maior exportador individual de produtos agrícolas, logo atrás dos Estados Unidos e da União Europeia.

“Essa conquista não é exclusiva do setor, mas do conjunto da sociedade brasileira, que bancou com subsídios e créditos anos de pesquisa e desenvolvimento”, ressaltou.

Observando o bloco econômico europeu, Regina também comentou que lá a agropecuária foi estruturada em pequenas e médias propriedades. Bem diferente do modelo concentrador de terras e renda focado em produzir commodities de exportação e não alimentos para chegarem à mesa dos brasileiros.

Sete em cada dez quilos de soja produzida no Brasil são processados por apenas nove empresas, e destas cinco são transnacionais: ADM (Estados Unidos), Cargill (Estados Unidos), Bunge (Holanda), Louis Dreyfus (França) e Grupo Noble (Cingapura).

Avançando há décadas sempre para onde a terra é “mais barata” e a infraestrutura é precária, setores atrasados do agronegócio pautam governos incessantemente com exigências por asfaltamento de estradas, construção de portos e outras obras embaladas em pacotes como o do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

“Mas a sociedade ainda não entendeu a extensão e os reais custos desses projetos, quase sempre destinados a atender demandas setoriais e não aos interesses reais e de longo prazo do país. O país não pode seguir como refém de um modelo perverso de produção e exportação que despreza nossas riquezas socioambientais”, disse Regina Araújo.

fonte: 
PortoGente

+ fontes:

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