domingo, 22 de julho de 2012

TODA A ÁGUA DA TERRA EM UMA BOLHA




Este desenho mostra três esferas azuis que representam quantidades relativas de água da Terra em comparação com o tamanho da Terra. Você está surpreso que essas esferas de água parecem tão pequeno? Eles são apenas um pequeno em relação ao tamanho da Terra. Esta imagem procura mostrar três dimensões, de modo que cada esfera representa "volume". O volume da maior esfera, o que representa toda a água sobre, dentro e acima da Terra, seria de cerca de 1,386,000,000 km3, e ser de cerca de 1.385 km em diâmetro.

A menor a esfera representa a água líquida da Terra fresco nas águas subterrâneas, a água do pântano, rios e lagos. O volume desta esfera seria de cerca de 10,63345 milhões km3 e formar uma esfera de aproximadamente 272,8 km de diâmetro. Sim, tudo isso a água é água doce, que todos nós precisamos todos os dias, mas muito do que é profundo no chão, não está disponível para os seres humanos.

Você percebe que a uma bolha menor ainda que represente uma água fresca que está em todos os lagos e rios do planeta, e a maioria das pessoas da água e da vida da terra precisa todos os dias vem a partir destas fontes de água de superfície. O volume dessa esfera é de cerca de 93,113 km3. O diâmetro dessa esfera é de cerca de 56,2 km. Sim, Lago Itaipu parece muito maior do que essa esfera, mas você tem que tentar imaginar uma bolha de quase 35 quilômetros de altura.

Onde está localizado a água da Terra?

Para uma explicação detalhada de onde a água na Terra, é olhar para a tabela de dados abaixo. Observe como do abastecimento mundial de água total de cerca de 332,5 milhões m3 de água, mais de 96% é salgada. E, do total de água doce, mais de 68% está presa no gelo e geleiras. Outros 30% de água doce está do subsolo. Os rios são a fonte de água da maior parte da superfície de uso de água fresca para as pessoas, mas ela constituem apenas cerca de 1,250 km3, aproximadamente 1/10, 000ª de um por cento do total de água.



Nota: percentagens podem não somar 100 por cento devido a arredondamentos.


 
Fontes



http://ga.water.usgs.gov/edu/earthhowmuch.html




sexta-feira, 13 de julho de 2012

ONDE INÍCIOU OS ESTUDOS DAS GEOTECNOLOGIAS. E suas Contribuições aos Estudos Ambientais




Por Carlos Magno Santos Clemente





A cartografia e a Geografia no decorrer dos séculos buscaram aprimoramentos conceituais e aplicaçoes para melhor entendimento do espaço Geográfico. E de forma inevitavel, a conciliação entre essas duas ciências se tornam indispensável, já que o foco de ambas é a análise dos agentes modificadores das representações da superficie terrestre.

Desde modo, a criação de metodologias de trabalho dos fenômenos espaciais enriquece a praticidade da Geografia. As escolas como a Alemã, Francesa, Inglesa e outras, apesar dos embates conceituais, refletem teorias aplicadas aos estudos de variados trabalhos na atualidade. Para uma melhor demonstração da evolução do pensamento geográfico, o Quadro 01 resume um apanhado histórico das principais teorias geográficas.

Quadro 01 - Síntese da evolução histórica da sistematização da Geografia

Personagens
Época
Vínculo
Tales
Século V a.C
Geodésia;descrição dos lugares
Humbold/Ritter
Século XIX
Geografia como parte terrestre do cosmo: síntese de todos os conhecimentos relativo a terra; individualidade dos lugares; propostas de regionalização; relação homem-natureza
Ratzel
Final do século  XIX
Teoria do espaço vital naturalista (homem visto como mero animal)
La Blache
Século XIX–XX
Gêneros de vida; possibilismo, conceitos de paisagens e região geográfica, o home percebido como transformador do meio
Hastsshorne
Do ano 1939 a 1959
Geografia tradicional variação de áreas
Escola Pragmática (EUA, URSS / Rússia, alguns países europeus)
Meados do século XX até hoje
Tecnologia Geográfica, Geografia quantitativa ou teorética, Nova Geografia, Geografia sistêmica, percepção
Escola Crítica (Pierre George/Yves Lacoste/Milton Santos
Meados do século XX até hoje
Geografia ativa, Geografia Crítica; definição pelo caráter social da ciência.
Fonte: Adaptado de Fitz, 2008

No Quadro 01 observa-se que em meados do século XX os avanços tecnológicos abarcaram o cenário mundial. As necessidades da ciência Geográfica, em se adaptar a nova indigência tecnológica, iniciam estudos que possibilitam uma junção das ferramentas utilizadas pelos estudos geográficos com as novas tecnologias. Essa fusão dinamiza a análise territorial, sendo um instrumento expressivo para domínio e reconhecimento do espaço geográfico, tornando um utensílio de Guerras. O argumento anterior se torna válido, pois essa abordagem histórica se evidencia na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), um período que iniciou a evolução das tecnologias aliadas aos estudos espaciais.

O desenvolvimento da Escola Pragmática na Geografia trata-se de um estudo que se baseia na precisão de cálculos estatísticos e matemáticos fazendo com que os países saíssem com favorecimento econômico na Segunda Guerra, principalmente os Estados Unidos da América (EUA).

Apesar de algumas aversões em relação às abordagens da Escola Quantitativa, ela é responsável por transparecer o início da construção do pensamento sobre o que atualmente é nomeada por muitos de Geotecnologias. Com isso, para melhor entendimento é de relevância a organização de como procedeu à sistematização dos conceitos que está inserida as Geotecnologias no decorrer das décadas, visto que vários outros termos foram usados para definir a conciliação da tecnologia computacional e matemáticas com as análises geográficas.

Com isso, os instrumentos Geotecnologicos têm contribuído com veemência para as diversas análises espaciais envolvendo aspectos urbanos, rurais, bacias Hidrográficas, socioeconômico, entre outros. Assim, é de relevância para os geógrafos enquadrarem nessa conjuntura que a Geografia se insere no mundo contemporâneo.


Nota Folhas e Gente: Os geógrafos têm difundido a utilização de técnicas de geoprocessamento para projetos ambientais no Brasil desde o início da década de 80, principalmente em diagnósticos ambientais, projetos de reabilitação de áreas degradadas e estudos de impactos ambientais e outros. As aplicações mais utilizadas estão voltadas para a modelagem de dados, simulação de fenômenos socioeconômicos, físicos e bióticos, classificação de imagens orbitais para a obtenção de mapas de uso e cobertura do solo e, em especial, para a elaboração de mapas de risco, provenientes do cruzamento algébrico de diferentes cartas temáticas.

domingo, 8 de julho de 2012

“REDD” _ Você conhece esta sigla?



REDD - Redução de Emissões por Desamatamento e Degradação


O conceito de Redução de Emissões por Desamatamento e Degradação Florestal (Redd) surgiu na Convenção Quadro das Nações Unidas (UNFCCC) realizada em 2003. Na época, um grupo de instituições não-governamentais brasileiras propôs um mecanismo de redução compensada das emissões de carbono na atmosfera.

Mais tarde, em 2005, um grupo de países – dentre os quais Costa Rica e Papua Nova Guiné – propuseram a criação de um mecanismo de mitigação baseado na Redução de Emissões por Desmatamento (Red). Com o amadurecimento dos debates, surgiu a necessidade de incluir a degradação florestal e, posteriormente, abranger países que detêm estoques florestais e não apenas os que possuem florestas sob determinado grau de ameaça. Com isso a sigla evoluiu para Redd.

No ano de 2007, durante a 13ª Conferência das Partes da UNFCCC (COP-13), em Bali, foi adotado o Plano de Ação de Bali, que determinou Redd como uma das potenciais ações de mitigação de mudanças climáticas. Foi adotada decisão que estimula os países a reduzir emissões por desmatamento e degradação, assim como a promover investimentos em construção de capacidades, transferência de tecnologia, identificação de opções e apoio a atividades demonstrativas. Ficou acertado que as premissas fariam parte de um novo acordo internacional, o qual deveria ser concluído na 15ª Conferência das Partes (COP-15), em Copenhague.

Foi também durante a COP-13 que o conceito inicial foi ampliado pela segunda vez, e passou a ser conhecido como Redd+. Isso significa que, além das reduções por desmatamento e degradação, ele passou a abranger a tarefa da conservação florestal, do manejo sustentável e do aumento dos estoques de carbono. O compromisso foi registrado no Plano de Ação de Bali.

Mitigação - A redução da emissão de gases de efeito estufa, por meio das medidas previstas no conceito Redd+ pretende ser uma alternativa viável para mitigar os impactos das mudanças climáticas. Além disso, traz em seu bojo benefícios adicionais, pois a redução do desmatamento e degradação e a conservação dos estoques de carbono contribuem para a conservação da biodiversidade e dos recursos hídricos e para a melhoria das condições de vida das populações tradicionais.

Ao longo do tempo em que não houve definição concreta sobre o futuro mecanismo de Redd+, muitas iniciativas, programas e projetos por parte de governos, ONGs e pessoas físicas ou jurídicas surgiram aleatoriamente em todo o mundo, de forma voluntária e em diversos casos desvinculada das negociações internacionais. No Brasil e em outros países, ainda não existe regulamentação específica para esse tipo de ação. Todas as iniciativas estão passando por processos de discussão e definição dos marcos regulatórios.

Na 16ª Conferência das Partes (COP-16), realizada em Cancun, México, em 2010, o conceito Redd+ bem como suas diretrizes, salvaguardas e principais regras foram aprovados no âmbito do Acordo de Cancun. Redd+ é uma estratégia de mitigação da mudança do clima pelos países em desenvolvimento, de caráter voluntário, e contará com o apoio técnico e financeiro dos países desenvolvidos.



GLOSSÁRIO


Áreas de preservação permanente: áreas especialmente protegidas coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas (Código Florestal Lei 4771/65).


CO2eq: Dióxido de carbono equivalente é uma medida para expressar o potencial de aquecimento global dos demais gases (como o metano ou o óxido nitroso). É o resultado da multiplicação das toneladas emitidas de gases de efeito estufa (GEE) pelo seu potencial de aquecimento global.


Conservação de estoques: A conservação de vegetação existentes, evitando a emissão do CO2 armazenado em sua biomassa para a atmosfera.


Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima ou Convenção do Clima: adotada em 1992 com a participação de 180 países, com o objetivo de alcançar a estabilização dos gases de efeito estufa na atmosfera em níveis seguros que minimizem os impactos sobre a vida no planeta, num período de tempo que permita a adaptação natural dos ecossistemas.


Conversão de florestas: A conversão de áreas de vegetação nativa para outros fins, resultando em aumento de emissões de CO2 para atmosfera.


Créditos de carbono: créditos negociáveis no mercado internacional de carbono, que são obtidos por meio da captura de gases de efeito estufa da atmosfera ou da redução de novas emissões. Os créditos de carbono são geralmente expressos sob a unidade de carbono equivalente (CO2eq).


Emissões: liberação de Gases de Efeito Estufa e/ou seus precursores na atmosfera numa área específica e num período determinado.


Estoque de carbono: Quantidade de carbono estocada na biomassa de uma vegetação (sobre e debaixo do solo, matéria em decomposição no solo e produtos madeireiros) ou de qualquer outro ecossistema.


Floresta: Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, 2010), floresta é uma área medindo mais de 0,5 ha com árvores maiores que 5 m de altura e cobertura de copa superior a 10%, ou árvores capazes de alcançar estes parâmetros in situ, não incluindo terras que estão predominantemente sob uso agrícola ou urbano.


Fundo Amazônia: Fundo criado pelo governo brasileiro que tem por finalidade captar doações para investimentos não-reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, e de promoção da conservação e do uso sustentável das florestas no bioma amazônico.


Gases de efeito estufa: Constituintes gasosos da atmosfera, naturais ou antrópicos, que absorvem e reemitem radiação infravermelha. Segundo o Protocolo de Quioto, são eles: dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O), hexafluoreto de enxofre (SF6), além de duas famílias de gases: hidrofluorcarbonos (HFCs), perfluorcarbonos (PFCs).


Incremento de estoques: A restauração ou recuperação florestal, aumentando o potencial de armazenamento de carbono.


Manejo Florestal Sustentável: o manejo florestal de baixo impacto que minimiza a degradação florestal.


MDL ou Mecanismo de Desenvolvimento Limpo: modelos tecnológicos e produtivos de baixo carbono.


Mitigação: Ações e estratégias voltadas à redução das emissões de gases de efeito estufa e à ampliação dos sumidouros de carbono, contribuindo para a amenização das mudanças climáticas.


Nível de referência/Nível de referência de emissões: define o período de referência e a escala contra a qual as atividades dentro do escopo de REDD+ são medidas, em uma perspectiva histórica ou projetada. Tem a função de permitir a avaliação dos efeitos reais de políticas e medidas de redução de emissões, conservação e incremento de estoques.


Projetos de REDD: Iniciativas de redução de emissões, conservação de estoques de carbono florestal e incremento de estoques de carbono com área de influência determinada, metodologia crível para o cálculo de emissões evitadas e/ou biomassa estocada, tempo de realização delimitado e com resultados e expectativas definidos.


Recuperação: restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada a uma condição não degradada, que pode ser diferente de sua condição original.


REDD: Reduções de emissões de gases de efeito estufa provenientes do desmatamento e degradação florestal.


REDD+: Reduções de emissões de gases de efeito estufa provenientes do desmatamento e degradação florestal, incluindo o papel da conservação florestal, do manejo florestal sustentável e do aumento dos estoques de carbono.


Restauração: restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada o mais próximo possível da sua condição original.


Sequestro de carbono: Captura de CO2 da atmosfera pela fotossíntese, também chamada fixação de carbono ou remoção de gás carbônico atmosférico.


Serviços ambientais: Conjunto de funções executadas pela natureza, essenciais aos seres humanos, como a regulação hídrica, de gases, climática e de distúrbios físicos, abastecimento de água, controle de erosão e retenção de sedimentos, formação de solos, ciclos de nutrientes, polinização, entre tantas outras.


Unidade de conservação: espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção.


Uso sustentável: exploração do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos, mantendo a biodiversidade e os demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável.


Vazamento: É o termo utilizado para a situação em que a redução do desmatamento em uma determinada área se desloca para outra, podendo comprometer a eficiência líquida de REDD+.


Zoneamento: definição de setores ou zonas em uma unidade de conservação com objetivos de manejo e normas específicos, com o propósito de proporcionar os meios e as condições para que todos os objetivos da unidade possam ser alcançados de forma harmônica e eficaz




Fontes:


http://www.florestal.gov.br/redd/
http://www.institutocarbonobrasil.org.br/
http://www.acrealerta.com.br/colunista/michael/?p=147
http://www.oeco.com.br/suzana-padua/18264-oeco26975



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