sexta-feira, 13 de julho de 2012

ONDE INÍCIOU OS ESTUDOS DAS GEOTECNOLOGIAS. E suas Contribuições aos Estudos Ambientais




Por Carlos Magno Santos Clemente





A cartografia e a Geografia no decorrer dos séculos buscaram aprimoramentos conceituais e aplicaçoes para melhor entendimento do espaço Geográfico. E de forma inevitavel, a conciliação entre essas duas ciências se tornam indispensável, já que o foco de ambas é a análise dos agentes modificadores das representações da superficie terrestre.

Desde modo, a criação de metodologias de trabalho dos fenômenos espaciais enriquece a praticidade da Geografia. As escolas como a Alemã, Francesa, Inglesa e outras, apesar dos embates conceituais, refletem teorias aplicadas aos estudos de variados trabalhos na atualidade. Para uma melhor demonstração da evolução do pensamento geográfico, o Quadro 01 resume um apanhado histórico das principais teorias geográficas.

Quadro 01 - Síntese da evolução histórica da sistematização da Geografia

Personagens
Época
Vínculo
Tales
Século V a.C
Geodésia;descrição dos lugares
Humbold/Ritter
Século XIX
Geografia como parte terrestre do cosmo: síntese de todos os conhecimentos relativo a terra; individualidade dos lugares; propostas de regionalização; relação homem-natureza
Ratzel
Final do século  XIX
Teoria do espaço vital naturalista (homem visto como mero animal)
La Blache
Século XIX–XX
Gêneros de vida; possibilismo, conceitos de paisagens e região geográfica, o home percebido como transformador do meio
Hastsshorne
Do ano 1939 a 1959
Geografia tradicional variação de áreas
Escola Pragmática (EUA, URSS / Rússia, alguns países europeus)
Meados do século XX até hoje
Tecnologia Geográfica, Geografia quantitativa ou teorética, Nova Geografia, Geografia sistêmica, percepção
Escola Crítica (Pierre George/Yves Lacoste/Milton Santos
Meados do século XX até hoje
Geografia ativa, Geografia Crítica; definição pelo caráter social da ciência.
Fonte: Adaptado de Fitz, 2008

No Quadro 01 observa-se que em meados do século XX os avanços tecnológicos abarcaram o cenário mundial. As necessidades da ciência Geográfica, em se adaptar a nova indigência tecnológica, iniciam estudos que possibilitam uma junção das ferramentas utilizadas pelos estudos geográficos com as novas tecnologias. Essa fusão dinamiza a análise territorial, sendo um instrumento expressivo para domínio e reconhecimento do espaço geográfico, tornando um utensílio de Guerras. O argumento anterior se torna válido, pois essa abordagem histórica se evidencia na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), um período que iniciou a evolução das tecnologias aliadas aos estudos espaciais.

O desenvolvimento da Escola Pragmática na Geografia trata-se de um estudo que se baseia na precisão de cálculos estatísticos e matemáticos fazendo com que os países saíssem com favorecimento econômico na Segunda Guerra, principalmente os Estados Unidos da América (EUA).

Apesar de algumas aversões em relação às abordagens da Escola Quantitativa, ela é responsável por transparecer o início da construção do pensamento sobre o que atualmente é nomeada por muitos de Geotecnologias. Com isso, para melhor entendimento é de relevância a organização de como procedeu à sistematização dos conceitos que está inserida as Geotecnologias no decorrer das décadas, visto que vários outros termos foram usados para definir a conciliação da tecnologia computacional e matemáticas com as análises geográficas.

Com isso, os instrumentos Geotecnologicos têm contribuído com veemência para as diversas análises espaciais envolvendo aspectos urbanos, rurais, bacias Hidrográficas, socioeconômico, entre outros. Assim, é de relevância para os geógrafos enquadrarem nessa conjuntura que a Geografia se insere no mundo contemporâneo.


Nota Folhas e Gente: Os geógrafos têm difundido a utilização de técnicas de geoprocessamento para projetos ambientais no Brasil desde o início da década de 80, principalmente em diagnósticos ambientais, projetos de reabilitação de áreas degradadas e estudos de impactos ambientais e outros. As aplicações mais utilizadas estão voltadas para a modelagem de dados, simulação de fenômenos socioeconômicos, físicos e bióticos, classificação de imagens orbitais para a obtenção de mapas de uso e cobertura do solo e, em especial, para a elaboração de mapas de risco, provenientes do cruzamento algébrico de diferentes cartas temáticas.

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